Ao fazer minha peregrinação diária ontem nos sites e blogs que costumo visitar, me deparei com a imagem do tão conhecido Mausoléu Castelo Branco invadido por integrantes do MST. A edificação que, como cita o site da Secretária da Cultura do Estado do Ceará, faz parte do conjunto de pontos turísticos da belíssima Fortaleza se encontrava repleta de pessoas que estavam usando o espelho d'água como piscina.
Brilhante! Não pude deixar de lembrar das fontes européias no verão, que mata o calor tanto dos turistas como dos 'nativos'. Já vi muita dondoca esbravejando aos quatro ventos o quão maravilhoso foi se molhar nas fontes da Trafalgar Square, se refrescar no espelho d'água do Louvre. E na mesma hora lembrei da conversa de bar de um amigo que criticava a atitude da prefeitura de Fortaleza em proibir que os locais se lavassem no trambolho japonês, digo do Jardim Japonês, localizado na orla da cidade. Consigo visualizar as senhorinhas chocadas com os que achavam boa idéia tirar a areia da praia ali no tal jardim. Ainda vou falar desse jardim por aqui.
Obviamente sei que tudo tem sua hora e lugar, e não estou defendendo nem condenando a atitude dos integrantes do MST. Mas é inevitável, pelo menos para mim, não olhar esta fotografia e não esboçar um sorriso. Milhões investidos, outros milhões gastos em manutenção de espaços de uso limitado, que não exercem papel nenhum na sociedade, que não possuem utilidade alguma. Fortaleza carece de áreas livres, funcionais e seguras. Um apelo ao próximo prefeito da cidade.
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